A Colômbia buscou o empate quando já estávamos quase saindo de casa. Pênaltis. Todos no sofá, abraçados, nervosos. “Mamãe, eu tô com medo de o Brasil perder.” Futebol é assim. Alguém sempre vai perder.
Marta correu para a última cobrança. Vai fazer. Vai ser com ela. Sempre ela. Mais uma lição: frequentemente a pessoa que define o jogo é aquela que perde na disputa por penais. Mas também era dia de Lorena. A goleira, expulsa no primeiro confronto com as colombianas, pegou a bola de Carabalí e garantiu o primeiro título do Brasil testemunhado pelo meu garoto.
É lindo ver como uma geração criada sem os preconceitos da minha vê apenas o futebol. Vê apenas uma partida emocionante de oito gols com bola rolando e mais nove nos pênaltis. Um jogão. Que as “meninas” da seleção venceram, com a Rainha eleita a melhor do jogo.
Campeãs na última Copa América de Marta. A primeira do meu filho. O roteiro não poderia ser melhor.