O que o Palmeiras fez nesta quarta-feira, no Peru, é daquelas atuações para guardar. Ganhar fora de casa por 4 a 0 nas oitavas de final da Libertadores não é rotina, ainda mais contra um adversário que vinha embalado e que transformou a partida em um evento histórico para si.
O Universitário não era qualquer figurante. Foi um time que se classificou em um grupo que tinha o poderoso River Plate e que acabou deixando o Independiente del Valle fora da fase mata-mata, também com Barcelona de Guayaquil, o mesmo que eliminou o Corinthians. Chegava ao duelo contra o Palmeiras com 12 partidas de invencibilidade, respaldado por um estádio lotado com 60 mil torcedores dispostos a empurrar o time até o último minuto.
E foi exatamente por isso que o que o Palmeiras fez merece tanto elogio. O time brasileiro não apenas venceu. Ele decidiu a classificação antes mesmo do intervalo. Em menos de 45 minutos, já estava com a vaga garantida, transformando o que poderia ser uma noite de tensão em um passeio de luxo. Isso não é pouca coisa. Isso é o que grandes times fazem quando pegam equipes menores: resolvem rápido, não dão chance para o adversário respirar e mostram uma diferença de nível que salta aos olhos.
Abel Ferreira, aliás, encontrou uma maneira nova de jogar. Optou por um 4-4-2 com Vitor Roque e Flaco López juntos no comando do ataque, formando uma dupla que rapidamente ganhou a simpatia da torcida e até virou meme, com comparações bem-humoradas a Bebeto e Romário na Copa de 94. A parceria funcionou de forma perfeita, com movimentação coordenada, presença de área e finalização letal.