O Bragantino começou arrasador e fez logo dois gols. O Fluminense, zonzo, tentou se reencontrar mas não conseguia articular duas jogadas seguidas. O estreante Lucho Acosta, que garante ser mais altos do que Soteldo, buscava armar jogadas mas o time ia na base do Deus nos acuda, o Bragantino se fechou para tentar o contra-ataque e o gol no finalzinho do primeiro tempo, diminuindo o placar, se mostrou ilusório no começo do segundo tempo, quando o time da casa fez o terceiro rapidamente: 3 x 1.
O tricolor não desistiu e seguiu atacando. Aos 18 minutos, o argentino Acosta fez a bola entrar: 3 x 2 e um tanto ainda de jogo para ser jogado. O Bragantino, desesperado para interromper a queda vertiginosa no Brasileiro, jogava para impedir que o Fluminense empatasse e o Fluminense, com uma formação nova no meio, com Bernal, Hercules e Acosta. Aos 30 do segundo, Renato tira o zagueiro Manoel, recua Bernal para a zaga e coloca Nonato em seu lugar, além de Soteldo. Era o tudo ou nada: Flu destemido foi para o ataque e obrigou Cleyton a fazer boas defesas.
Mas o jogo foi definido mesmo num passe estranho trocado pela defesa tricolor: de Bernal para Guga, que nesse momento foi derrubado por Sobrenatural de Almeida, o personagem inventado por Nelson Rodrigues para explicar o inexplicável; uma queda solitária e bizarra que, do nada, deixou o garoto Davi cara a cara com Fabio: 4 x 2.