Vi por dever de ofício. Mas querer-querer eu não queria não. Que jogo chato, amarrado, burocrático. Alemanha e Irlanda do Norte não devolverão as nossas duas horas perdidas. Uma seleção em crise há oito anos e que chegou a essa data FIFA perdendo da Eslováquia por dois a zero. A torcida, desconfiada, até lotou o estádio em Colônia, mas demorou para gostar do que viu. Alemanha abriu o placar, Irlanda do Norte empatou e a Alemanha, muito por conta da entrada de Amiri, fez dois a um – e depois três a um.
A Irlanda do Norte pouco criou a não ser um bonito gol de empate. Fora isso, parecia bastante conformada com o resultado. A Alemanha tenta se reencontrar com algum futebol competitivo. Eliminada na fase de grupo nas duas últimas Copas, não consegue se ajustar a uma filosofia de jogo. Gnabry se destaca, assim como Amir, Wirtz e Kimish. Mas faltam aqueles craques como estávamos acostumados e acostumadas a ver. E, mais do que isso, falta estilo de jogo se considerarmos que o tédio não é estilo – embora muitos achem que é.
Euforia não é exatamente um sentimento associado aos alemães, embora o futebol de clubes indique que eles sabem sim fazer mais do que aplaudir. A torcida em Colônia aplaudiu bastante depois do terceiro gol, mas com aquela frieza característica. Frieza que tem sido importada para as luxuosas arenas brasileiras.