21/09/2025

21 de setembro de 2025 22:53

  • Home
  • Últimas Notícias
  • Lula embarca para a 80ª Assembleia Geral da ONU com agenda focada em Palestina, Democracia e Clima

Lula embarca para a 80ª Assembleia Geral da ONU com agenda focada em Palestina, Democracia e Clima

Em um movimento que sinaliza uma mudança significativa na política externa de aliados tradicionais de Israel, o Reino Unido e Portugal anunciaram o reconhecimento oficial do Estado da Palestina. As decisões vêm à tona às vésperas da 80ª Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova York, e ocorrem em um contexto de crescente preocupação internacional com a ofensiva israelense na Faixa de Gaza.

O primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, confirmou que o Reino Unido formalizará o reconhecimento já neste domingo (21). A decisão antecipa a Assembleia Geral da ONU e contraria a condição anterior de Starmer, que em julho havia condicionado o reconhecimento a uma série de compromissos israelenses em Gaza, incluindo um cessar-fogo no conflito de quase dois anos. No entanto, a deterioração da situação, com a ofensiva terrestre sobre a Cidade de Gaza em andamento, levou à antecipação da medida, conforme reportado por veículos como a BBC, Press Association e The Guardian. Starmer expressou a crença de que este passo contribuirá para o processo de paz na região, uma visão duramente criticada pelo primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, que acusou o líder trabalhista de “premiar o terrorismo monstruoso”.

Paralelamente, Portugal também confirmou que reconhecerá oficialmente o Estado da Palestina neste domingo. O Ministério das Relações Exteriores português já havia sinalizado essa intenção em julho, citando “os desenvolvimentos extremamente preocupantes do conflito, tanto em nível humanitário quanto pelas repetidas referências a uma possível anexação de territórios palestinos”.

Ofensiva em Gaza Acelera Decisões Internacionais

A intensificação da ofensiva israelense em Gaza, desencadeada pelo ataque do Hamas em 7 de outubro de 2023, tem levado um número crescente de países a tomar essa medida simbólica. Cerca de 75% dos 193 Estados-membros da ONU já reconhecem o Estado Palestino, proclamado pela liderança palestina no exílio em 1988.

Na próxima segunda-feira (22), em uma cúpula copresidida por França e Arábia Saudita para discutir o futuro da solução de dois Estados, espera-se que cerca de dez outras nações confirmem seu reconhecimento formal. Além de França e Portugal, países como Canadá e outros membros da União Europeia têm demonstrado inclinação a seguir o mesmo caminho.

O vice-primeiro-ministro britânico, David Lammy, que representará Londres na Assembleia Geral da ONU, justificou a decisão, afirmando que “o reconhecimento de um Estado palestino é consequência da grave expansão que assistimos na Cisjordânia, da violência dos colonos que assistimos na Cisjordânia e da intenção e indicações que vemos para construir, por exemplo, o projeto E1, o que minaria seriamente a possibilidade de uma solução de dois Estados”. O projeto E1, que prevê a construção de 3.400 unidades habitacionais na Cisjordânia, tem sido denunciado pela ONU por seu potencial de dividir o território palestino.

Contexto de Crise Humanitária e Alegações de Genocídio

Os recentes reconhecimentos ocorrem enquanto Israel lança uma campanha militar terrestre e aérea de grande escala na Cidade de Gaza, no norte do território palestino, com o objetivo declarado de destruir o Hamas. Na sexta-feira, o exército israelense alertou que atacaria a Cidade de Gaza com “força sem precedentes”, após a fuga de quase meio milhão de moradores, agravando a terrível crise humanitária na região, onde a ONU declarou estado de fome.

Em meio a este cenário, uma comissão de inquérito independente, mandatada pela ONU, determinou na terça-feira que Israel estaria cometendo genocídio contra palestinos em Gaza – uma alegação veementemente negada pelas autoridades em Tel Aviv.

O ataque de 7 de outubro de 2023 contra Israel pelo Hamas resultou na morte de 1.219 pessoas do lado israelense, a maioria civis, segundo dados oficiais. Desde então, as represálias israelenses custaram a vida de 65.062 palestinos, a maioria civis, na Faixa de Gaza, onde o Hamas tomou o poder em 2007, de acordo com o Ministério da Saúde do governo do Hamas.

A decisão de Reino Unido e Portugal, somada à crescente pressão internacional, coloca a questão palestina em destaque na agenda global, buscando reavivar as esperanças de uma solução de dois Estados para o conflito.

*Com informações da AFP

Clique aqui para acessar a Fonte da Notícia

VEJA MAIS

Woke demais – 21/09/2025 – Ana Cristina Rosa

Os EUA vêm adotando diversas medidas antidiversidade e inclusão, coisas consideradas pelo atual governo do…

Quais estados brasileiros mais produzem peixes e camarões?

Pesquisa divulgada na última quarta-feira (18) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelou…

São Paulo tem 42 mil pessoas em ato contra PEC da Blindagem e anistia

Paulo Pinto/Agência Brasil Paulo Pinto/Agência Brasil Cerca de 42,4 mil pessoas se reuniram neste domingo…