Assessoria
Em entrevista, Mendes comparou atos de Brasília a ocupações do MST.
O governador Mauro Mendes (União) voltou a se posicionar sobre a proposta de anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro. Nesta quarta-feira, 24 de setembro, o chefe do Executivo estadual afirmou que a chamada “PEC da Anistia” expõe uma contradição da esquerda no país, ao lembrar que, segundo ele, grupos e pessoas ligadas à esquerda já receberam anistias no passado. Segundo Mendes, atos do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) em prédios públicos nunca resultaram em punições tão rigorosas.
“Olha, a PEC da Anistia é a hipocrisia da esquerda, porque tem muita gente na esquerda que já foi anistiado nesse país. Já tiveram torturadores, já tiveram sequestradores, ladrões de banco da esquerda que foram anistiados. Muita gente que cometeu crimes terríveis pertencente à esquerda já foram anistiados nesse país. Então, larga de ser hipócrita, né?”, declarou.
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Mauro Mendes criticou ainda a forma como o sistema judiciário tratou os participantes dos atos de Brasília, fazendo uma comparação com ocupações realizadas pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Para o governador, enquanto os manifestantes de janeiro receberam condenações longas, ações semelhantes do MST nunca resultaram em penas de anos de prisão.
“Aquelas pessoas protestaram, erraram, claro que erraram. É errado invadir patrimônio público, quebrar patrimônio público, mas eu já disse e repito, eu vi muitas vezes o MST fazer isso no país e não vi nenhuma vez o MST ser condenado a 14, 17 anos de prisão. Que invadiram prédio público, inclusive o próprio Congresso Nacional. Então eu acho que é possível, necessário dar um tratamento diferenciado para aquelas pessoas”, afirmou.
A fala do governador ocorre em meio à discussão no Congresso Nacional sobre a proposta que tramita no Senado e que busca conceder anistia aos condenados pelos ataques às sedes dos Três Poderes.
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