Versão IA do X?
O Grok é a principal aposta da xAI, empresa fundada por Musk após sua saída da OpenAI, em 2018. O modelo, acessado por meio de um chatbot no X (ex-Twitter), tem se destacado em testes de benchmark (que comparam habilidades de outras IAs). Sua versão mais recente, o Grok-4, superou concorrentes como o Gemini 2.5 e o GPT-3.5 no chamado “último teste da humanidade”, um dos mais exigentes do setor.
Mas é com a profusão de polêmicas que o Grok dá uma lavada na concorrência. Apresentado como “politicamente incorreto”, o Grok é alimentado principalmente pelos conteúdos do X, também controlado por Musk. A IA já chegou a ter um dispositivo para responder “como o Musk responderia”, refletindo a defesa do bilionário por uma liberdade de expressão irrestrita.
Uma das coisas importante para saber sobre o Grok é que ele olha com muito mais ênfase para o que acontece no X e traz informações que muitas vezes não respeitam a barreira da factualidade e do bom senso nas respostas
Helton Simões Gomes
O elogio a Hitler foi um desses episódios. Enquanto horrorizava algumas pessoas por espalhar mentiras como a do genocídio de pessoas brancas na África do Sul, o Grok era criticado, entre parcela de usuários do X, por ser politicamente correto demais.
Musk provocou (“fatos controversos para o treinamento do Grok. Com isso, quero dizer coisas politicamente incorretas, mas sem dúvida factualmente verdadeiras”) e foi atendido. O resultado veio rápido: um perfil falto no X com sobrenome aparentemente judeu celebrou as enchentes do Texas por terem matado crianças brancas, o que eliminaria “futuros fascitas”.