Apesar dos avanços no diagnóstico e no tratamento, as doenças cardíacas seguem como a principal causa de óbito entre homens no Brasil. Para alertar sobre o assunto, o “CNN Sinais Vitais – Dr. Kalil Entrevista” de sábado (29) coloca em pauta as condições que representam os principais riscos à saúde masculina.
Segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia, cerca de 400 mil brasileiros morrem por doenças cardiovasculares anualmente, o equivalente a uma morte a cada 80 segundos no país. Desse total, a maior parte está entre homens.
Atualmente, 14 milhões de pessoas convivem com algum tipo de doença cardiovascular no Brasil, sendo mais da metade do sexo masculino. Entre os infartos registrados em pessoas com menos de 55 anos, quatro em cada cinco pacientes são homens.
No programa, Dr. Roberto Kalil recebe Rogério Tuma, neurologista do Hospital Sírio-Libanês, e Fausto Feres, diretor do Instituto Dante Pazzanese, para explicar por que os homens estão mais expostos a essas doenças e quais fatores aumentam esse risco.
Segundo os especialistas, os principais fatores que agravam esse cenário são o estresse, a privação do sono, o consumo de álcool, o tabagismo, o uso de estimulantes e a obesidade abdominal.
“Eles [os energéticos] aumentam o esforço cardíaco, aumentam a pressão e provocam desgaste no sistema cardiovascular”, afirma Tuma. O álcool também é um dos principais vilões da saúde cardíaca, de acordo com Feres.
Já entre as emergências, a mais comum é o AVC (acidente vascular cerebral). “Da mesma maneira que a aterosclerose afeta o coração, causando o infarto, esse infarto, que é a isquemia, também pode acontecer no cérebro”, afirma Tuma.
A conversa também aborda a maior incidência de morte súbita entre homens. Segundo Feres, isso ocorre porque muitos têm doença coronária não diagnosticada e ignoram sinais iniciais. “O primeiro sintoma de uma doença extremamente traiçoeira pode se manifestar como morte súbita”, afirma.
Para prevenir a morte, o acesso ao atendimento médico rápido é fundamental, principalmente em casos de infarto. “Se nós conseguirmos abrir a artéria no tempo hábil, a mortalidade cai de mais de 20% para cerca de 5%”, diz Feres.
A mesma lógica, segundo Tuma, se aplica ao AVC: “Quanto mais tempo se perde, mais tecido neurológico é perdido”, afirma.
Já para manter a saúde cardiovascular em dia e evitar ocorrências como infarto e AVC, é fundamental seguir o método conhecido como “ABCDE“:
- A: avaliação e conscientização dos riscos de doenças cardíacas;
- B: controle da pressão arterial (vem do inglês “blood pressure control”);
- C: cessação do tabagismo e controle do colesterol;
- D: tratamento do diabetes e otimização da dieta;
- E: prática regular de exercícios físicos.
O “CNN Sinais Vitais – Dr. Kalil Entrevista” vai ao ar no sábado, 29 de novembro, às 19h30, na CNN Brasil.
