Um suspeito foi preso pela Polícia Federal em Campo Grande e outros três em Corumbá, nesta terça-feira (8), por integrarem uma quadrilha especializada no tráfico internacional de drogas. Conforme a PF, Os entorpecentes eram transportados por passageiros em voos comerciais com destino ao Aeroporto de Viracopos, em Campinas (SP).
Drogas e dinheiro apreendidos
Na capital, também foram cumpridos dois mandados de busca e apreensão e, na Cidade Branca, Corumbá, mais quatro. Além dos quatro suspeitos que já eram alvos dos mandados de prisão preventiva da operação, uma quinta pessoa — que não era alvo da PF — também acabou sendo presa após ser flagrada com cocaína em um dos endereços vistoriados.
Dinheiro e drogas foram encontrados em dois locais diferentes. Todo o material será encaminhado para a Delegacia da Polícia Federal em Campinas. Os investigados vão responder por tráfico internacional de drogas, com penas que podem chegar a 35 anos de prisão.
Conforme o portal G1, as ordens de prisão foram expedidas pela 9ª Vara Federal de Campinas. A Justiça autorizou ainda o bloqueio de bens e o uso de tornozeleira eletrônica para investigados que não tiveram a prisão decretada.
Segundo a PRF, a droga traficada pelo grupo era de origem boliviana e também era escondida em compartimentos ocultos de veículos, além de ser transportada por meio de voos comerciais.
Eles utilizavam contas bancárias, chaves PIX e cartões de crédito em nome de terceiros, além de tentarem disfarçar as operações com o uso de aplicativos e mensagens cifradas, dificultando a atuação da polícia e dissimulando as células da quadrilha em diferentes regiões do Brasil.
O início da investigação
De acordo com a Polícia Federal, a investigação começou em Jaú (SP), a partir de uma abordagem de rotina da Polícia Rodoviária a um ônibus que havia saído de Campo Grande e tinha como destino o Rio de Janeiro. Dentro do veículo, a corporação encontrou uma passageira com duas etiquetas de bagagem de um voo de Corumbá para Campinas.
À polícia, a mulher disse que as etiquetas pertenciam a duas malas que ela havia transportado de Corumbá para o Aeroporto Internacional de Viracopos no dia 24 de março de 2024. Ela afirmou, sem explicar o motivo, que havia abandonado as bolsas. Após inspeção, a PF encontrou nas malas 26 kg de maconha e 2 kg de cocaína.
A partir do flagrante, a corporação iniciou a investigação e identificou a quadrilha.
Batizada de Tramesa, a operação de hoje tem o nome derivado de um neologismo criado pela junção da palavra trames, do latim, e “mesa”, em referência à logística por trás da rota que chega a Viracopos.