O valor da cesta básica em Campo Grande registrou uma queda de 0,79% em 2025, em comparação ao ano anterior. No entanto, o preço segue entre os cinco mais altos do Brasil, segundo o Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos). No primeiro mês do ano, os trabalhadores da capital sul-mato-grossense comprometeram 54,43% do salário mínimo para comprarem os itens essenciais.
O custo da cesta básica foi calculado em R$ 770,35, considerando o salário mínimo líquido de R$ 1.404,15, após o desconto de 7,5% destinado à Previdência Social.
Além disso, para garantir os produtos necessários, um trabalhador precisou dedicar 110 horas e 46 minutos da jornada de trabalho mensal.
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Campo Grande é a capital com maior alta no valor da cesta básica
Variação nos preços dos alimentos
A queda no preço da cesta básica foi impulsionada pela redução no valor de alguns alimentos. A batata, por exemplo, teve uma expressiva baixa de 23,92% em janeiro e foi comercializada a um preço médio de R$ 3,88 o quilo. Comparado ao mesmo período de 2024, a queda acumulada chega a 59,07%.
Outros itens também apresentaram redução nos preços:
- Arroz agulhinha: -4,31% (média de R$ 6,22/kg)
- Feijão carioquinha: -3,79% (média de R$ 7,10/kg)
- Carne bovina: -2,59%, com queda acumulada de 6,99% em relação a 2023
- Açúcar cristal: -0,48%, embora tenha registrado alta acumulada de 3,01% nos últimos 12 meses (R$ 7,80/2 kg)
- Pãozinho francês: -1,97%
Produtos em alta
Apesar da redução no preço de alguns alimentos, outros itens fundamentais na alimentação tiveram aumento:
- Leite: -3,15% em janeiro, mas com alta acumulada de 11,27% em 12 meses
- Café: +65,71% em 12 meses, com o pacote de 500g passando de R$ 13,32 em janeiro de 2024 para R$ 22,07 em janeiro de 2025
Com a cesta básica consumindo mais da metade do salário mínimo, a pressão sobre o orçamento familiar é um desafio.