Richard Barbosa da Silva, de 41 anos, é a identidade da vítima encontrada com uma das pernas presas em uma cerca de arame, no dia 25 de março em uma área rural distante 180 quilômetros do município de Cocalinho, que por sua vez, está a 855 km de Cuiabá. A identificação foi feita pela Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) de Água Boa (a 730 km de Cuiabá). E o corpo foi removido pelos familiares neste domingo (30).
O homem foi identificado, por meio da análise das impressões digitais, após o corpo dele ser encontrado em fase avançada de decomposição, que já contava com cerca de 25 dias de óbito. Após os exames periciais no local, o corpo foi encaminhado a Politec e submetido a necropsia e identificação técnica.
A papiloscopista utilizou um método de maceração química para reconstruir as polpas digitais, mesmo com o tecido em estado deteriorado. Após dois dias de tratamento, fragmentos das impressões digitais foram recuperados, permitindo a identificação do corpo e descartando a necessidade de um exame de DNA, que possui maior prazo de execução.
Conforme o gerente Regional da Politec de Água Boa, Paulo Victor Barboza, o resultado célere evitou a demora na liberação do corpo aos familiares.
“Foi um trabalho muito difícil considerando as condições do corpo, pois esse método químico poucos profissionais dominam. A identificação por meio das impressões digitais evitou que mais um corpo fosse enviado para o DNA. O DNA além de demorado é caro, resulta em prolongamento do sofrimento da família que vive na angústia até sair a identificação”, considerou Paulo Victor.
A identificação foi concluída após a Polícia Civil ser notificada sobre o desaparecimento de um funcionário de uma fazenda próximo ao local de encontro do cadáver, quando foi possível a realização do confronto das impressões digitais do cadáver com o as impressões digitais do prontuário de identificação civil da pessoa desaparecida.
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