A Embrapa divulgou estudos que comprovam a viabilidade econômica de sistemas sustentáveis, como Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF) e sistemas agroflorestais (SAFs), nos biomas Cerrado e Amazônia.
Os resultados mostram que é possível conciliar produção agrícola com preservação ambiental, com retorno financeiro atraente para produtores médios, grandes e familiares.
O estudo foi realizado em parceria com o Banco Mundial e avaliou custos, receitas, produtividades e indicadores econômicos como VPL, TIR e índice de lucratividade em seis sistemas produtivos distintos.
ILPF: tecnologia competitiva e lucrativa
Segundo o pesquisador da Embrapa Cerrados, Júlio Cesar dos Reis, os sistemas ILPF mostraram-se competitivos mesmo em regiões de agricultura de larga escala, com destaque para a introdução do componente florestal, que aumenta o fluxo de caixa e agrega valor ambiental ao sistema.
“Essa análise garante que estamos apostando em uma tecnologia que faz muito sentido para o agro brasileiro”, afirma Júlio Reis.
Sistemas agroflorestais
Nos Sistemas Agroflorestais (SAFs), voltados para pequenos produtores, os resultados também foram positivos. Em regiões como Tomé-Açu no Pará, o cultivo de pimenta-do-reino e cacau apresentou elevada relação benefício-custo, tornando esses sistemas economicamente atraentes.
“Os sistemas agroflorestais se mostraram muito interessantes do ponto de vista econômico, gerando fluxo de receita consistente para os pequenos produtores”, explica o pesquisador.
Sustentabilidade como diferencial
O estudo reforça que agricultura e preservação podem caminhar juntas, abrindo espaço para que o Brasil se destaque como referência em produção sustentável e competitiva.
“Os resultados confirmam que é possível unir produtividade e cuidado ambiental, fortalecendo o agro brasileiro”, conclui Júlio Reis.