A Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz) avaliou como positivo o anúncio pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) de R$ 300 milhões para ajudar a dar liquidez ao mercado de arroz. A entidade esteve reunida na quarta-feira (22) com o presidente da Conab, Edegar Pretto.
“Foi uma reunião produtiva, onde mostramos a necessidade, principalmente desse prêmio de escoamento, para ajudar nessa atividade e também possibilitar uma melhor remuneração. E as AGFs (Aquisição do Governo Federal) também vêm auxiliar o produtor no sentido de estabelecer preços mínimos”, disse em nota o presidente da Federarroz, Denis Nunes.
O pacote de ajuda da Conab inclui leilões de Prêmio para Escoamento de Produto (PEP), Prêmio Equalizador Pago ao Produtor Rural (Pepro) e Aquisições do Governo Federal (AGF), instrumentos que podem ser acionados quando o preço de mercado de um produto agrícola fica abaixo do preço mínimo estipulado pelo governo federal.
De acordo com a estatal, atualmente o preço pago ao produtor de arroz no Rio Grande do Sul gira em torno de R$ 58 por saca de 50 quilos, R$ 5 por saca abaixo dos R$ 63,64 estabelecidos como valor mínimo para a temporada.
Além das medidas emergenciais, também chegou a ser abordada na reunião entre a Federarroz e a Conab a necessidade de redução da área do plantio do arroz em função da crise do setor. Na nota, Nunes disse que estima algo em torno de 15% de área para um enxugamento de estoque.
“Acreditamos que o produtor está convencido disso, já temos fatos que comprovam essa tendência, o que naturalmente também provoca uma redução do investimento em tecnologia até pela dificuldade de crédito e juros altos”, acrescentou.