Ipês-brancos florescem e encantam motoristas neste domingo (7) na BR-262, em Miranda, a 190 km de Campo Grande. A florada enfeitou a paisagem e deu um verdadeiro show de beleza no coração do Pantanal.
Quem acompanha a floração dos ipês em Mato Grosso do Sul já deve ter notado que as flores brancas caem muito mais rápido.
De acordo com o biólogo Kwok Chiu Cheung, todos os ipês, sejam brancos, amarelos, rosas ou roxos, pertencem à mesma família. No entanto, a floração varia entre as espécies.
Floração dos ipês-amarelos transforma paisagens de MS

“O que acontece é que cada espécie faz um investimento, e esse investimento tem um custo. Ou seja, quanto maior e mais longa a floração, mais energia é consumida.”
Kwok Chiu Cheung
Algumas espécies, como o ipê-amarelo, conseguem manter a floração por mais tempo. No entanto, o ipê-branco não tem a mesma capacidade, pois precisa retomar a produção de folhas para realizar a fotossíntese, o processo que garante sua nutrição.
“Uma das características dessa família de plantas é que, justamente para economizar energia, elas descartam todas as folhas, promovem uma floração intensa para atrair o máximo possível de polinizadores e, assim que possível, deixam cair as flores.”
Quanto mais flores uma planta produz, menor o tempo de floração. Outras espécies fazem o oposto, produzindo poucas flores ao longo de meses ou em várias floradas ao ano.