Pelo menos sete igrejas católicas estão fechadas em Salvador, até esta sexta-feira (14), depois de irregularidades encontradas pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e a Defesa Civil da cidade.
Os dois órgão estão atuando de forma conjunta, ao longo da semana, e é possível que este número seja maior ao final do dia.
O Iphan já havia confirmado à CNN que estava atuando em força-tarefa na capital, com a Superintendência da Bahia através de 15 servidores do Instituto. Nesta sexta, a Codesal também confirmou a parceria e disse que colocou a equipe do órgão municipal à disposição para intensificar as vistorias nas igrejas tombadas na capital, um total de 30, principalmente na região do Centro Histórico.
Essas ações foram reforçadas após o desabamento de parte do teto da Igreja de São Francisco de Assis, no Pelourinho, que deixou uma turista morta e cinco pessoas feridas na semana passada.
Além da Igreja de São Francisco, onde aconteceu o acidente, também foi fechada a Igreja de Nossa Senhora da Boa Viagem, nessa quarta (12). A paróquia apresenta situação precária, com rachaduras e infiltrações nas paredes, além de parte do telhado estar sendo amparado por uma estrutura improvisada.
Foram interditadas ainda a Igreja da Ordem Terceira do Carmo e Igreja dos Perdões, que ficam no bairro Santo Antônio Além do Cramo e Nossa Senhora D’Ajuda, no Comércio.
Durante as visitas técnicas, os dois órgãos avaliam os riscos, e a Defesa Civil faz recomendações de interdição à Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano (Sedur).
Das 14 igrejas vistoriadas, oito foram interditadas, sendo que a igreja de São Francisco não está inserida nesses números por ter sido vistoriada e interditada na semana passada.
- Igrejas interditadas ao longo da semana:
- Igreja de São Miguel;
- paróquia Nossa Senhora da Boa Viagem;
- igreja Nossa Senhora da Ajuda;
- igreja e Convento dos Perdões;
- igreja de São Bento da Bahia;
- igreja dos Quinze Mistérios;
- igreja da Ordem Terceira do Carmo
- convento Santa Clara do Desterro.
O diretor-geral da Codesal, Sosthenes Macêdo, explicou que os proprietários e órgãos responsáveis pela manutenção do patrimônio cultural foram notificados. “Essas vistorias são feitas continuamente e visam mitigar o risco de desabamento e incêndio nos diversos imóveis localizados no Centro Histórico e seu entorno”, pontuou.
