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29 de outubro de 2025 09:40

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Foto liga ministro da previdência a escândalo do INSS – 28/10/2025 – Rômulo Saraiva

Uma fotografia simbólica de 2023 revela que o atual ministro da Previdência Social, Wolney Queiroz, então deputado federal, aparece ao lado de diretores do INSS e do lobista Antônio Carlos Camilo Antunes, o Careca do INSS. Em depoimento à CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) do INSS, Alexandre Guimarães, ex-diretor de Governança, Planejamento e Inovação da autarquia, explicou que o encontro com a equipe se tratou de uma apresentação de trabalho.

Qual seria o teor dessa apresentação de trabalho? Guimarães não aclarou. Mas ajudou a chamar a atenção para personagens com conexões políticas, de confiança e de intimidade em Pernambuco, terra natal do ministro.

Na foto, com exceção de Guimarães, do lobista e de Marcos de Brito Campos Júnior, aparecem seis pessoas. Todas de Pernambuco. Alguns deles investigados diretamente na fraude dos descontos dos aposentados.

Há o paraibano Marcos de Brito Campos Júnior que entrou na mira da CPI do INSS por ter reuniões com o Careca do INSS. Na foto, aparece também o garanhuense Rogério Soares de Souza, novo superintendente regional do INSS no Nordeste, que assumiu o lugar de Brito.

Conforme informações do processo 1044817-78.2025.4.01.3400, processo ajuizado pela Advocacia-Geral da União, o Careca do INSS é acusado de fazer transferências que resultaram no incremento indevido do patrimônio dos servidores Virgílio Antônio Ribeiro de Oliveira Filho, André Paulo Félix Fidelis e Alexandre Guimarães, alcançando, apenas em relação a esses três agentes, a quantia de R$ 23,8 milhões. Virgílio e André são pernambucanos e investigados pela Polícia Federal.

Há também dois conterrâneos menos conhecidos: Leandro Fonseca e Osório Chalegre de Oliveira. Ambos são pessoas de confiança da família Queiroz e que trabalharam com o ex-prefeito de Caruaru, José Queiroz de Lima, pai de Wolney e ligado ao Partido Democrático Trabalhista, mesmo partido político de Carlos Lupi (PDT). Com a mudança do comando do Ministério da Previdência Social, saiu Lupi e entrou Wolney Queiroz (PDT).

Procurado para comentar, Wolney e José Queiroz não responderam até a publicação deste texto.

A dança das cadeiras motivou a vaga de secretário-executivo da pasta. Wolney Queiroz fez questão de indicar seu conterrâneo, Osório Chalegre de Oliveira e ex-gestor do CaruaruPrev.

Apesar de o Ministério da Previdência estar atravessando uma gestão turbulenta com denúncias de corrupção que coloca em xeque sua credibilidade, e por tabela a do governo Lula, Wolney Queiroz coloca num cargo importante uma pessoa que está sendo investigada pela prática de ato de improbidade administrativa.

Curiosamente, o atual secretário-executivo adjunto do Ministério da Previdência, Osório Chalegre, e José Queiroz, pai do ministro da Previdência, respondem a processo por atraso no repasse e o repasse a menor das contribuições patronais e dos servidores ao Regime Próprio de Previdência Social de Caruaru.

Conforme relatório de auditoria e denúncia do Ministério Público, o pai do atual ministro da Previdência Social não recolheu aos cofres previdenciários o valor de R$ 1,9 milhão, a título de valor não recolhido entre os anos de 2013 e 2014. Com as correções, o total do dano ao erário seria de R$ 9,6 milhões.

A defesa de José Queiroz sustenta que “relatórios de auditoria podem estar errados e o relatório em que se baseou o Ministério Público para propor a ação está errado” e que foram instaurados três processos para verificar o regular recolhimento das contribuições previdenciárias, sendo que dois deles foram julgados regulares com ressalvas e apenas um ainda não foi julgado. A defesa de Osório Chalegre, ex-gestor do CaruaruPrev, não foi apresentada.

Consultado por esta coluna, Osório Chalegre explica que na sua gestão não houve qualquer irregularidade e que a ação do Ministério Público foi por conta de atrasos nos repasses de contribuições previdenciárias feitos pela prefeitura e pelo Fundo Municipal de Saúde ao CaruaruPrev —repasses que não dependiam da autarquia, mas sim dos entes responsáveis por transferir os recursos. Negou conhecer o Careca do INSS nem dano ao erário, pois a dívida foi confessada, parcelada e paga pela própria prefeitura antes da ação.

Não bastasse o escândalo de corrupção, que motivou o pedido de demissão de Lupi e estremeceu o governo Lula, a cúpula da Previdência deveria mais do que nunca observar a frase: “Não basta ser honesto, tem que parecer”. Inclusive com quem aparece na foto.


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