O governador de Mato Grosso, Mauro Mendes, manifestou preocupação e criticou a burocracia excessiva na administração pública, tanto em nível federal quanto estadual, após declarações do presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), Bruno Dantas. Dantas alertou que a falta de cortes de despesas estruturais pelo governo federal em 2027 pode deixar o caixa governamental com apenas R$ 10 bilhões para cobrir as despesas anuais, o que poderia levar a um colapso administrativo.
Em resposta, Mauro Mendes ressaltou que o governo federal encerrou o ano de 2024 com um déficit de R$ 7,3 trilhões. Ele também citou um estudo do Movimento Brasil Competitivo (MBC), que aponta que a burocracia na administração pública custa R$ 1,5 trilhão por ano ao país, o equivalente a aproximadamente 20% do Produto Interno Bruto (PIB).
O governador estendeu suas críticas à burocracia dentro do próprio governo de Mato Grosso, exemplificando com a exigência de uma taxa de outorga pelo uso da água, cobrada pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente (SEMA).
Em contrapartida, o governo de Mato Grosso apresentou números expressivos de arrecadação. Somente no período de janeiro a julho deste ano, foram arrecadados R$ 26 bilhões em impostos, demonstrando a força econômica do estado e a importância de manter um ambiente favorável aos negócios e à produção. A gestão fiscal estadual, em contraste com o cenário federal de déficit, reforça o debate sobre a eficiência e a necessidade de reformas para a sustentabilidade das contas públicas.