A vice-presidente da Câmara de Cuiabá, Maysa Leão (Republicanos), desaprovou a presidente da Casa, Paula Calil (PL), por moção apresentar moção de apoio ao projeto de lei 1904/24, apelidado de “PL do Estupro”, que equipara o aborto ao crime de homicídio simples. Em entrevista ao HNT TV, Maysa afirmou que não vale tudo para “ganhar cliques”. A vereadora ressaltou que a discussão é nacional e citou como agravante a iniciativa de Paula o fato do requerimento ser apresentado em março, mês dedicado às mulheres.
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“Certamente, não (vale tudo por um clique). A gente tem que ter muita responsabilidade nos movimentos que a gente provoca. A Câmara, ela carece muito da credibilidade diante do povo cuiabano. A gente escuta todos os dias: ‘se fechasse a Câmara’, ‘não precisa dos vereadores’, ‘o trabalho do vereador é inútil”, disse Maysa Leão ao podcast.
Paula Calil foi rechaçada por outros vereadores, como a presidente da Comissão das Mulheres, Maria Avallone (PSDB), que avaliou como “absurda” a moção de apoio. Diante da pressão, a bolsonarista acabou retirando o requerimento de pauta. Maysa reiterou que o papel da Câmara é discutir a cidade e não usar sua estrutura para fazer “politicagem”, embarcando em pautas nacionais para estar nos holofotes.
“Uma pauta federal vai tomar o tempo da Câmara para discutir algo que não vai trazer absolutamente nada de concreto. Chega. Eu já sou contra de cara. O tempo que a gente leva para debater uma moção de apoio a uma pauta federal … e ainda no mês da mulher. A gente tem que estar oferecendo para as nossas mulheres políticas públicas concretas em Cuiabá”, pontuou.
Maysa compõem a mesa diretora ao lado de Paula Calil, mas tem demonstrado seguir uma linha ideológica de centro, não acompanhando as pautas defendidas pela esquerda ou dos admiradores do ex-presidente Jair Messias Bolsonaro (PL).
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