A Black Friday deste ano deve movimentar um cenário mais prudente e menos impulsivo do que em anos anteriores. Uma pesquisa do instituto Hibou, em parceria com a Score Agency, revelou que 55% dos brasileiros ainda não decidiram se irão às compras, enquanto 45% já confirmaram intenção de consumo.
Outros 31% afirmam que não pretendem adquirir nenhum produto durante o período. O levantamento aponta uma queda de nove pontos percentuais em relação ao ano passado, e indica que a indecisão crescente funciona como alerta ao varejo, que enfrenta um consumidor mais atento, calculista e desconfiado.
A comparação de preços virou regra: apenas 7% verificam valores no dia das promoções, ao passo que 42% anotam preços com antecedência para checar se há vantagem real.
Planejamento e busca pelo preço ideal
O planejamento financeiro ganhou força na rotina do consumidor brasileiro. Segundo a pesquisa, 22% começaram a pesquisar preços entre agosto e setembro, enquanto 17% iniciaram as consultas no começo de novembro. Somente 19% deixam para fazer a verificação na semana da Black Friday.
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O principal motivo das compras permanece pessoal: 88% dos que pretendem gastar afirmam que vão se presentear. Apenas 7% aproveitam o período para adquirir produtos que normalmente não comprariam sem desconto.
Entre os fatores decisivos, preço baixo ou desconto lidera com 83% de preferência. Frete grátis segue como critério importante para 42% dos entrevistados. Marca e avaliações de outros consumidores aparecem como filtros determinantes para 35% e 24%, respectivamente.
Ceticismo em alta e relação com o varejo em transformação
Apesar de a Black Friday ainda atrair grande parte dos consumidores, o estudo mostra mudança expressiva no comportamento de compra. O evento vem deixando de ser uma ocasião de consumo por impulso e se transformando em uma prova de confiança entre consumidor e varejista.
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Para o mercado, o desafio está em lidar com um público que passou a comparar preços ao longo do tempo e a valorizar boas práticas comerciais. O levantamento aponta que 66% acreditam na possibilidade de encontrar grandes descontos, mas 45% preferem comparar valores de diferentes períodos antes de decidir. Já 12% enxergam a Black Friday apenas como estratégia de divulgação de produtos, reflexo da desconfiança acumulada nos últimos anos.
A pesquisa mostra que, em 2025, o consumidor brasileiro está menos disposto a entrar no clima do consumo imediato e mais comprometido em pagar apenas pelo que considera vantagem real — um movimento que deve impactar diretamente o desempenho do varejo durante a temporada de promoções.
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