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A juíza Cristiane Padim da Silva, do Plantão Criminal da Comarca de Várzea Grande, converteu para preventiva a prisão de Helder Lopes de Araújo, de 23 anos. Ele foi detido em flagrante suspeito de matar a ex-namorada Vitória Camily Carvalho Silva, de 22 anos, na noite deste sábado (15), no bairro Cristo Rei, em Várzea Grande.
Helder foi detido horas após crime, enquanto tentava fugir para Rondonópolis (a 212 km de Cuiabá). Ele estava acompanhado de seu irmão, que informou estar ajudando na fuga. Ambos foram conduzidos à delegacia de Rondonópolis e transferidos para Cuiabá.
Durante audiência de custódia, a magistrada apontou a “extrema periculosidade” de Helder, que também teria tentado matar uma amiga de Vitória, mas a arma falhou. “O custodiado demonstrou comportamento altamente reprovável ao invadir o local onde estava acontecendo o aniversário da irmã da vítima, evidenciando que sua liberdade representa um perigo real e contemporâneo à ordem social”, diz trecho.
“Neste contexto, por estarem presentes motivos concretos extraídos dos fatos até então apresentados para segregação cautelar, com fundamento nos artigos 311, 312 e 313 do CPP, defiro o pedido ministerial e converto a prisão em flagrante de Helder Lopes de Araújo em preventiva”, determina a magistrada.
O crime
Segundo a Polícia Civil, o suspeito invadiu a residência da vítima e a executou na frente da família, com 4 disparos, que atingiram a região do peito e cabeça. Ele chegou a tentar atirar contra outra pessoa, de 20 anos, mas a arma usada no crime falhou.
Conforme já publicado pelo , Helder alegou que cometeu o crime após descobrir que a vítima teria realizado um suposto aborto para acabar com uma gestação de 6 meses. Como vingança, ele tramou o ataque contra a jovem.
No entanto, conforme análise preliminar do delegado Nilson Farias, da Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), a versão do criminoso pode ser apenas uma “desculpa” para não sofrer retaliação dentro do sistema prisional por conta da execução. Neste cenário, ao alegar que a mulher teria cometido o suposto aborto propositalmente, o crime “ganharia” uma justificativa e possível “aceitação” na cadeia.
O casal havia se separado há pelo menos 4 dias e Helder não aceitava o fim do relacionamento.
As investigações seguem em andamento para elucidar o caso.