Cleomar Kort, acusado de matar o vereador e agente do Detran-MT, Alfredo Krause, será julgado nesta terça-feira (20), no fórum da Comarca de Sinop (MT). O júri popular ocorre mais de dois anos após o crime que abalou a cidade de Vera, a 486 km da capital Cuiabá, e ganhou grande repercussão estadual.
O julgamento foi transferido de Vera para Sinop por decisão do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), visando garantir a segurança dos envolvidos e a imparcialidade do processo, diante da comoção gerada no município onde Alfredo atuava como servidor e parlamentar.
O homicídio aconteceu em 4 de outubro de 2022, dentro da unidade da Ciretran de Vera. Imagens captadas pelo circuito interno de segurança mostraram que Cleomar Kort, insatisfeito com o resultado de uma vistoria veicular, discutiu e ameaçou servidores da unidade antes de sair do local.
Pouco tempo depois, ele retornou armado com uma espingarda e efetuou um disparo à queima-roupa contra Alfredo Krause, que não teve qualquer chance de defesa. A vítima chegou a ser socorrida e levada a um posto de saúde da cidade, sendo posteriormente encaminhada para um hospital em Sorriso, mas não resistiu aos ferimentos e faleceu durante o trajeto.
Alfredo Krause tinha 58 anos, era servidor do Detran-MT e exercia seu primeiro mandato como vereador no município de Vera. Casado por 25 anos, deixou uma filha, hoje com 24 anos. Seu assassinato gerou profunda comoção na cidade e em todo o estado.
O julgamento desta terça-feira mobiliza servidores do Detran-MT em diversas regiões do estado. A mobilização é coordenada pelo Sinetran-MT (Sindicato dos Servidores do Detran), que lançou a campanha “Justiça por Alfredo Krause”.
Durante o expediente de hoje, todos os servidores estão vestindo roupas pretas como forma de luto e protesto. Em Vera, a Ciretran suspendeu o atendimento ao público para que os colegas de trabalho de Alfredo possam comparecer ao julgamento presencialmente, no fórum de Sinop.
A expectativa é de que o júri tenha ampla cobertura da imprensa regional e estadual, refletindo o clamor por justiça que permanece desde a data do crime.
Da Redação