A Justiça de Mato Grosso (TJMT) determinou que a Meta, empresa que administra o WhatsApp, Instagram e o Facebook, forneça informações sobre o que foi apagado e excluído das redes sociais de Ivan Michel Bonotto, de 35 anos. Ele foi morto após ser esfaqueado várias vezes numa distribuidora em Sorriso (420 km de Cuiabá), supostamente a mando de Gabriel Tacca — marido da médica ginecologista Sabrina Iara de Mello.
De acordo com o delegado Bruno França, Sabrina ficou cerca de três dias com o aparelho telefônico de Ivan. Com a senha de acesso, ela teria apagado conversas, fotos e vídeos junto com o “amante”.
Além disso, teria usado o celular dele para deixar de seguir ela e o marido nas redes sociais, bem como ela teria da dado ‘unfollow’ nele, na tentativa de esconder qualquer vínculo entre o trio. “Ela [a médica] ficou com o celular do dia 22 ao dia 25 e quando ela devolveu o celular ninguém seguia ninguém no Instagram. O Instagram não tinha mais mensagem nenhuma e estava tudo apagado. Esses deletes provavelmente foram feitos nesse prazo e o juiz deu ordem judicial para que o Instagram informe exatamente toda a movimentação das três contas, dela do marido e da vítima nesse período”, explicou ao FOLHAMAX.
Sabrina foi flagrada por câmeras de segurança de um hospital apagando provas que a vinculassem ao crime, assim como ao marido. Ivan foi atacado a facadas por Danilo Guimarães na madrugada de 22 de março deste ano.
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Ele deu entrada no Hospital 13 de Maio, em Sorriso, após ser atacado na distribuidora de bebidas no bairro Residencial Village. Gabriel e Danilo foram presos nesta terça-feira (15) durante a Operação Inimigo Íntimo, da Polícia Civil.
Sabrina, a médica, não foi presa, mas é investigada por fraude processual. “Também perguntamos se podemos recuperar o que foi apagado, provavelmente não vai ter, mas pelo menos a gente vai ver qual o momento que ela apagou, o dia e o horário que ela apagou, deixou de seguir, mas a resposta ainda não retornou. Nós enviamos na terça-feira (12) e não chegou ainda”, declarou.
Inicialmente, o crime foi tratado como “situação decorrente de uma briga em um bar”. No entanto, com o avanço das investigações, os policiais descobriram que os envolvidos no caso se desentenderam por causa de relacionamentos amorosos.
A vítima morava em Tapurah e, sempre que ia a Sorriso, costumava se hospedar na casa do casal. A polícia destacou que os três mantinham um vínculo estreito, com diversos registros de momentos juntos. O caso segue sendo investigado.
FOLHA MAX