21/09/2025

21 de setembro de 2025 17:38

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Lançamento de óculos da Meta é sinal de que a IA vai desaparecer

Enquanto muitos acreditam que o verdadeiro salto da IA virá quando ela superar a inteligência humana (uma hipótese ainda em disputa), eu acredito que seu maior potencial transformador será alcançado quando ela simplesmente desaparecer. Não no sentido de deixar de existir, mas de se tornar tão ubíqua que já não mais saberemos onde ela começa e onde ela termina.

Muitas tecnologias já desapareceram porque se tornaram parte integrante da nossa existência. Com a Internet foi mais ou menos assim também. Já houve um tempo em que falávamos que iríamos “entrar na Internet”. Era como um ritual. Sentávamos em frente ao computador, nos conectávamos, fazíamos o que tínhamos que fazer e depois nos desconectávamos. Eram dois mundos diferentes cujas fronteiras foram rompidas com os smartphones e a conexão por dados.

Com a IA, o caminho deve ser bem parecido. Hoje interagimos com modelos inteligentes por interfaces de chatbot que delimitam bem que estamos interagindo com uma máquina. A proposta agora é tornar a IA pervasiva, um ente presente, mas invisível, que pode perceber o nosso redor e conversar conosco com a linguagem natural. Uma espécie de espírito que expande a nossa existência, cognição e afetos.

O filme “Ela” retrata com um futuro que, longe de ser improvável, já inspira os rumos da indústria da tecnologia. E Zuckerberg não está sozinho nessa jornada. Recentemente, Jony Ive, designer responsável por alguns dos produtos mais icônicos da Apple, uniu forças com a OpenAI para desenvolver o que estão chamando de “companheiros” de IA. Ainda não sabemos exatamente como isso vai funcionar, mas deve envolver a criação de um novo tipo de dispositivo para uma relação ainda mais íntima e contínua com a IA.

Diante disso tudo, só não podemos ser inocentes. Esse futuro encantador em que a IA se dissolve no cotidiano e se funde com nossos gestos, palavras e olhares, traz dilemas que não podem ser ignorados. A promessa de uma inteligência sempre presente, que nos escuta, nos observa e nos aconselha traz riscos para a nossa privacidade, autonomia e até intimidade. Há uma lacuna ética que precisamos estar atentos: o desaparecimento da IA não pode significar o desaparecimento do nosso senso crítico.

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