Hoje, Ousmane Dembélé não ganhou apenas o Bola de Ouro. Ele reescreveu sua história. Num discurso emocionado, mais do que celebrar dribles, gols ou elogios, ele falou de quem sempre esteve ao lado dele nos momentos mais difíceis: a mãe. Aquelas horas de volta por cima, da saída decepcionante do Barça para brilhar no PSG, tudo alimentado pelo amor, pela fé, e pela presença de quem nunca desistiu dele.
Dembélé subiu ao pódio não só por seus feitos, por cada recuperação, por cada decisão nos minutos finais, por cada passe certeiro ou gols, mas também por essa força invisível, silenciosa, que nasce em casa. É impossível separar o craque do menino que viu sua mãe resistir, persistir, apostar em seu sonho mesmo quando tudo parecia conspirar contra.
Essa homenagem me fez lembrar de Kevin Durant, um dos maiores nomes da NBA, quando ganhou o prêmio de MVP anos atrás. Ele não disse: “este é para mim, para minha equipe, para meus fãs”. Ele disse: “sou grato à minha mãe, que passou fome para alimentar a mim e aos meus irmãos”. Foi uma declaração que emocionou quem já sabe que por trás de toda glória sempre há sacrifício, e que muitas vezes o herói de apoio é quem menos aparece, mas garante a vida e a dignidade.