O mecânico Jefferson Nunes Veiga foi condenado a 21 anos e 7 meses de prisão em regime fechado, pelo Tribunal do Júri de Várzea Grande, nessa terça-feira (22). Ele foi responsabilizado por provocar um acidente de trânsito em abril de 2022, que resultou na morte de duas pessoas e deixou outras quatro feridas.
O réu, que respondia em liberdade, foi preso imediatamente após a sentença, com base em entendimento do STF que permite execução imediata da pena em julgamentos do júri popular.
Segundo o Ministério Público de Mato Grosso (MPMT), Jefferson dirigia embriagado, a mais de 116 km/h em uma via com limite de 60 km/h, quando invadiu a contramão, colidindo primeiro lateralmente com um carro e, depois, de frente com outro.
As vítimas foram o motorista de aplicativo Igor Rafael Alves dos Santos Silva e a diarista Marcilene Lúcia Pereira. Entre os sobreviventes estão duas crianças.
O Conselho de Sentença reconheceu os crimes como dois homicídios duplamente qualificados consumados (por meio que gerou perigo comum e por dificultar a defesa das vítimas), além de quatro tentativas de homicídio com as mesmas qualificadoras e embriaguez ao volante.
Durante o julgamento, a promotoria argumentou que o réu “transformou um carro em arma” e reforçou que o caso representa um marco na luta por mais rigor contra crimes de trânsito dolosos, quando há intenção ou indiferença quanto ao risco de matar.
A investigação revelou ainda que Jefferson já havia sido preso por direção perigosa e outro acidente anterior. À época, chegou a ter a liberdade provisória concedida mediante pagamento de fiança de R$ 48 mil e suspensão da carteira de habilitação.
A Promotoria também solicitou à Justiça o pagamento de indenizações às vítimas e à coletividade, pelos danos causados.
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