Médico suspeito de matar namorada de 15 anos não tem porte de arma

O médico Bruno Felisberto Tomiello, de 29 anos, suspeito de matar com um tiro a namorada Kethlyn Vitória de Souza, de 15 anos, em Guarantã do Norte, 708 km de Cuiabá, não tinha porte de arma e poderá responder por outros crimes além do homicídio.

A informação foi confirmada nesta terça-feira (6) pela Polícia Civil, que investiga o caso e afirma que o uso frequente de arma fazia parte da rotina do suspeito.

“Ele vai responder também pela questão do porte ilegal de arma de fogo de uso restrito, tendo em vista que a arma estava com numeração raspada” disse o delegado Waner dos Santos Neves.

Preso preventivamente desde segunda-feira (5), Bruno confessou em depoimento que foi ele quem disparou contra a adolescente.

Inicialmente, ele havia dito que Kethlyn teria apertado o gatilho durante uma brincadeira. Mais tarde, mudou a versão e assumiu a autoria do disparo. Segundo o delegado responsável pelo caso, esse tipo de “brincadeira” era um hábito do médico.

Um vídeo publicado nas redes sociais da vítima mostra Bruno manuseando uma arma enquanto dirige um carro, em atitude imprudente. O material foi incluído na investigação, que corre sob sigilo. A Polícia também apura a demora do hospital em acionar a Polícia Militar após a entrada da vítima.

Kethlyn foi levada ao hospital por volta de 1h da madrugada de sábado (3). A equipe médica tentou reanimá-la por cerca de 40 minutos, mas ela não resistiu. O corpo foi sepultado na segunda-feira (5), no cemitério municipal de Guarantã do Norte.

Nesta terça, familiares da adolescente foram ouvidos para dar continuidade às investigações. Bruno poderá ser indiciado também por posse ilegal de arma de fogo e corrupção de menores, já que mantinha relacionamento com uma adolescente de 15 anos.