Após 17 dias de paralisação e uma notificação extrajudicial da Prefeitura de Rondonópolis, a 218 km de Cuiabá, os médicos da Santa Casa de Misericórdia decidiram suspender temporariamente a paralisação dos atendimentos.
A decisão, tomada em assembleia extraordinária neste domingo (13), visa abrir um período de 45 dias para negociação com a diretoria do hospital.
A paralisação, iniciada em 29 de março, foi motivada pelo atraso de sete meses nos pagamentos dos honorários médicos.
Durante o período, apenas os atendimentos de urgência e emergência foram mantidos, afetando pacientes do SUS, particulares e de convênios, incluindo os serviços de UTI.
Na última sexta-feira (11), a Prefeitura de Rondonópolis notificou extrajudicialmente a Santa Casa, exigindo a retomada dos serviços em 12 horas, sob pena de sanções contratuais e legais, incluindo a possível rescisão do convênio.
A prefeitura reforçou que todos os repasses do poder público municipal foram feitos, mas que o serviço não estava sendo entregue.
A partir desta segunda-feira (14), todos os serviços eletivos serão retomados. A decisão foi tomada como um “voto de confiança” no projeto apresentado pela diretoria executiva para solucionar a crise financeira da instituição.
Reivindicações
Conforme ofício, o corpo clínico enviará à direção da Santa Casa uma pauta detalhada com as reivindicações a serem discutidas durante os 45 dias de suspensão da paralisação.
A expectativa é que, com diálogo aberto e compromisso mútuo, seja possível chegar a um acordo para regularizar os pagamentos e garantir a continuidade dos serviços.
A Santa Casa de Rondonópolis é referência para 19 municípios da região sudeste de Mato Grosso, e a paralisação afetou milhares de pacientes.
A secretária de saúde de Rondonópolis, declarou que a prefeitura fez todos os repasses, e que o serviço não estava sendo entregue.