O preço do milho voltou a subir na última semana e ultrapassou novamente a marca dos R$ 65 por saca de 60 quilos, segundo o Indicador ESALQ/BM&FBovespa (Campinas – SP), divulgado pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/Esalq-USP). A alta foi impulsionada pela retração de vendedores, que reduziram as ofertas, e pelo aquecimento pontual da demanda no mercado interno.
De acordo com o Cepea, os produtores estão cautelosos nas negociações, observando atentamente o comportamento do clima, que influencia diretamente o início da semeadura da safra de verão. O retorno das chuvas em regiões do Centro-Oeste e Sul trouxe alívio após semanas de estiagem, mas, por outro lado, o excesso de umidade tem dificultado o avanço das atividades de campo, especialmente o preparo do solo e o uso de maquinário agrícola.
Outro fator que tem dado sustentação às cotações é o bom desempenho das exportações brasileiras. Em setembro, os embarques mantiveram ritmo firme, garantindo suporte aos preços tanto nos portos quanto nas praças do interior. A forte demanda internacional pelo milho nacional é favorecida pela competitividade do produto brasileiro em relação a outros grandes exportadores, como Estados Unidos e Argentina.
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No mercado interno, parte das indústrias e cooperativas retornou às compras no mercado spot para reposição de estoques, o que contribuiu para o movimento de valorização. Apesar disso, muitos compradores ainda possuem estoques suficientes para o curto prazo, o que tem limitado altas mais acentuadas.
Com o avanço das chuvas e a proximidade do plantio da nova safra, analistas avaliam que o mercado seguirá sensível às condições climáticas e ao desempenho das exportações. Esses dois fatores devem continuar sendo os principais responsáveis por definir o rumo dos preços do milho nas próximas semanas.
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