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18 de março de 2025 12:16

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Morre o cineasta Cacá Diegues, aos 84 anos

Um dos maiores cineastas do Brasil, Cacá Diegues morreu na madrugada desta sexta-feira (14). Conhecido por filmes como “Bye bye Brasil” e “Deus é brasileiro”, ele tinha 84 anos.

De acordo com a Academia Brasileira de Letras (ABL), o cineasta morreu no Rio de Janeiro, em decorrência de complicações durante uma cirurgia. Membro da ABL desde 2018, Diegues foi um dos grandes nomes do cinema nacional.

“Sua obra equilibrou popularidade e profundidade artística, abordando temas sociais e culturais com sensibilidade. Durante a ditadura militar, viveu no exílio, mantendo-se sempre ativo no debate sobre política, cultura e cinema. A ABL expressa solidariedade à esposa, Renata Almeida Magalhães, e aos filhos”, publicou a instituição.

Batizado Carlos Diegues, o artista nasceu em Maceió, Alagoas, em 19 de maio de 1940. Com 6 anos, sua família se mudou para o Rio de Janeiro e criou raízes em Botafogo, bairro onde ele passou toda a infância e adolescência.

Pelas redes sociais, o prefeito de Maceió, JHC (PL), também lamentou a morte. “Maceió se despede de um de seus maiores filhos. Cacá Diegues, mestre do Cinema Novo e gênio por trás de clássicos como “Deus é Brasileiro”, nos deixou hoje, aos 84 anos. Seu legado vive para sempre na tela e na história do cinema nacional. Meus sentimentos à família e amigos”, escreveu.

Diegues deixa quatro filhos — os dois primeiros de seu casamento com Nara Leão. O cineasta era casado, desde 1981, com a produtora de cinema Renata Almeida Magalhães.

Um dos mais importantes cineastas brasileiros

Cacá Diegues cursou Direito na Pontifícia Universidade Católica do Rio (PUC-Rio), em uma época em que não havia, no Brasil, escolas de cinema.

Na PUC, como presidente do Diretório Estudantil, Cacá funda um cineclube e começa suas atividades como cineasta amador, na companhia de David Neves, Arnaldo Jabor, Paulo Perdigão e outros nomes que se tornariam conhecidos no cinema nacional.

Ainda estudante, Diegues começa a dirigir o jornal “O Metropolitano”, órgão oficial da UME (União Metropolitana de Estudantes) e junta-se ao CPC (Centro Popular de Cultura) da UNE (União Nacional dos Estudantes).

Tanto o grupo da PUC quanto o de “O Metropolitano” tornam-se, a partir do final da década de 50, um dos núcleos de fundação do Cinema Novo, do qual Diegues é um dos líderes, junto com Glauber Rocha, Leon Hirszman, Paulo Cesar Saraceni, Joaquim Pedro de Andrade e outros.

Seus três primeiros longas-metragens — “Ganga Zumba” (1964), “A Grande Cidade” (1966) e “Os Herdeiros” (1969) — são filmes inspirados em utopias para o cinema, para o Brasil e para a própria humanidade. Polemista, Diegues continua a trabalhar como jornalista e a escrever críticas, ensaios e manifestos cinematográficos, em diferentes publicações, no Brasil e no exterior.

Com participação na resistência intelectual e política à Ditadura Militar, Diegues deixa o Brasil em 1969, vivendo primeiro na Itália e depois na França, na companhia da cantora Nara Leão, então sua esposa.

A maioria dos 18 filmes do cineasta foi selecionada por grandes festivais internacionais, como Cannes, Veneza, Berlim, Nova York e Toronto, e exibida comercialmente na Europa, Estados Unidos e América Latina — o que o torna um dos realizadores brasileiros mais conhecidos em todo o mundo.

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