O Ministério Público de Mato Grosso denunciou nesta sexta-feira (6) o policial militar Ricker Maximiano de Moraes por feminicídio qualificado contra a mulher dele, Gabrieli Daniel de Moraes, de 31 anos, no dia 29 de maio. A vítima foi morta a tiros dentro da casa que morava com o policial.
A denúncia considerou as agravantes como violência doméstica, presença de descendentes, o fato de a vítima ser mãe de crianças e o uso de recurso que dificultou a defesa.
Também foi solicitado que, em caso de condenação, haja a perda do cargo e a exclusão definitiva do oficial da Polícia Militar do Estado.
O Ministério Público pediu documentos como certidões, antecedentes criminais, exames das balas e arma e do celular, além de investigar se o réu recebeu arma de fogo de forma irregular.
Também solicitou que a Corregedoria-Geral da PM seja informada para tomar as medidas necessárias.
Filhos do casal ficam com a família da vítima
A Justiça determinou que os filhos do casal, de2 e 5 anos, fiquem com a família de Gabrieli Daniel. A defesa da família da jovem morta pediu a guarda das crianças depois que os responsáveis paternos levaram as crianças para ver o pai no Batalhão da Rotam, em Cuiabá, onde o PM está preso.
Nesta quinta-feira, a desembargadora Serly Marcondes do TJMT manteve a guarda das crianças com a família de Gabrieli. A decisão ocorreu após a família do policial contestar a autorização judicial anterior que já havia concedido a guarda provisória das crianças à família materna.
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O caso
Gabrieli foi morta após ser atingida com três tiros de uma arma .40. Ela morreu na cozinha da casa onde morava com o policial e os dois filhos do casal, de 3 e 5 anos, que presenciaram o crime. Os tiros atingiram o rosto, tórax e joelho de Gabrieli.
Após matar a esposa, o policial militar deixou a casa com os menores, deixando as crianças na casa dos avós e fugiu. Assim que foi acionada dos fatos, os policiais da DHPP iniciaram as diligências e conseguiram apreender o celular do investigado e o veículo utilizado na fuga, na residência dos pais do policial. A arma utilizada no crime foi apresentada na delegacia pela Polícia Militar.
Durante a madrugada, o policial se apresentou na DHPP, ocasião em que foi lavrado o flagrante de feminicídio, sendo posteriormente colocado à disposição da Justiça.
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