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25 de abril de 2025 06:37

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MPF entra com ação para obrigar União a fornecer água potável para indígenas em Mato Grosso

O Ministério Público Federal (MPF) ajuizou ação na Justiça Federal para que a União estabeleça, em até dez dias, o fornecimento de água potável para os habitantes da Terra Indígena Baía dos Guató, em Mato Grosso. Na ação, em caráter de urgência, o MPF pede que os indígenas recebam água em quantidade e qualidade adequada à necessidade da comunidade, até que seja implantado um sistema de abastecimento regular de água.

O MPF também pede que a União seja condenada a construir o sistema de abastecimento de água potável em benefício da comunidade indígena Guexéuvy Guató, em dois aterros localizados na TI Baía dos Guató. Além disso, o órgão requer o pagamento de R$ 1 milhão em indenização por danos morais coletivos sofridos pela comunidade pela demora no fornecimento adequado de água.

De acordo com a ação, em 2018, o governo federal chegou a anunciar a construção do sistema alternativo de fornecimento e purificação de água para um dos aterros da TI Baía dos Guató, mas as obras nem chegaram a ser iniciadas. Como alternativa à água potável, a comunidade utiliza as águas não tratadas dos rios Cuiabá, São Lourenço e Corixo do Bebê, que recebem poluição de propriedades agropecuárias e centros urbanos, tornando-as abaixo da qualidade mínima para consumo humano.

Segundo o procurador da República Ricardo Pael Ardenghi, os indígenas relatam o aparecimento de muitas doenças de pele, diarreia e problemas gastrointestinais nas crianças e adultos, possivelmente relacionados à má qualidade da água. A situação piora no período de seca, quando a água fica muito suja e com mau odor. O resultado de testes feitos pelo Distrito Sanitário Especial Indígena de Cuiabá (Dsei/Cuiabá) indicaram água ferruginosa e inadequada para consumo.

A situação da comunidade ficou ainda mais grave após um grande incêndio em 2020, quando os indígenas relataram dificuldades para respirar, falta de água e danos em suas moradias. Além disso, a fuligem produzida pelas queimadas no Pantanal caem sobre águas dos rios, sendo mais um fator de contaminação das águas. O incêndio foi agravado por mudanças no ambiente, como a ausência da cheia no Pantanal, causada por barragens e o bloqueio de cursos de água. Isso provocou seca, assoreamento e mudança no curso das águas, deixando até o rio Corixo do Bebê completamente seco, sem água para beber ou combater o fogo.

Nos últimos anos, foram realizadas diversas reuniões com os órgãos responsáveis, que chegaram a implementar medidas pontuais, como a distribuição de filtros de barro e hipoclorito de sódio, mas nenhuma solução definitiva foi implementada, segundo o MPF, que destaca que é dever da União, por meio da Secretaria Especial de Saúde Indígena garantir o acesso à água potável, um direito fundamental ligado à saúde, à dignidade e à vida já reconhecido inclusive pela Corte Interamericana de Direitos Humanos.

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