Vasseur lembrou de um de seus pilotos na base, Nico Hulkenberg. “Ele era mega, mega exigente com toda a equipe na F3. Mas ele era o primeiro a correr às 6h30 da manhã. Para os mecânicos, estava tudo bem. Contanto que o cara se esforçasse, eles estavam ansiosos para ter alguém exigente com eles.”
Hamilton costuma ser um dos primeiros a chegar e últimos a sair do paddock, e revelou mês passado que conduziu uma série de reuniões com os principais chefes da equipe, de diversas áreas. Nestes encontros, traz consigo um documento de Word com suas avaliações do que pode ser melhorado no time.
Eu fiz muitas reuniões, então convoquei muitas reuniões com os chefes da equipe. Sentei-me com John [Elkann, presidente da Ferrari], Benedetto [Vigna, CEO da Ferrari] e Fred [Vasseur, chefe da equipe de F1 da Ferrari], várias reuniões. Sentei-me com o chefe de desenvolvimento do nosso carro, com Loic [Serra], mas também com os chefes de diferentes departamentos, falando sobre o motor para o próximo ano, sobre a suspensão dianteira para o próximo ano, sobre a suspensão traseira para o próximo ano, coisas que você quer, problemas que você tem com o carro.
Enviei documentos. Fiz isso ao longo do ano. Depois das primeiras corridas, fiz um documento completo para a equipe. Depois, durante esse intervalo [entre as corridas em julho], enviei outros dois documentos, e eles queriam resolver esses problemas.
Alguns são estruturais, ajustes que precisamos fazer como equipe para melhorar em todas as áreas que queremos melhorar. O outro era realmente sobre o carro, os problemas atuais que tenho com este carro, algumas coisas que você quer levar para o carro do próximo ano e algumas que você precisa trabalhar e mudar para o próximo ano.
Lewis Hamilton
Não se trata de nada fora do comum. Há pilotos que têm esse hábito de ir anotando suas sensações com o carro, no trabalho com a equipe, para organizar melhor o que vão dar de retorno. Mas, como tudo o que cerca Hamilton ganha proporções diferentes, virou notícia.
