O empresário e ex-senador Cidinho Santos, um dos líderes do PP em Mato Grosso, afirma que o retorno da senadora Margareth Buzetti (PSD) ao partido, não garante à ela a prioridade de disputar a senatória nas eleições de 2026, quando Mato Grosso terá duas vagas em aberto. Primeira suplente, ela atua na vaga de Carlos Fávaro (PSD), que se licenciou para assumir o ministério da Agricultura.
“Ninguém chega e impõe candidatura, tem que ser construída. Ela sabe disso. Ela é bem-vinda, é uma excelente pessoa, tem feito um bom trabalho no Senado Federal, mas eu já falei para ela que eu não posso garantir a ela que ela vai vir e vai ser candidata a senadora do grupo político, porque isso aí depende das composições que vai acontecer em 2026”, disse Cidinho, em entrevista ao .
Annie de Souza/Rdnews
Ex-senador Cidinho dos Santos (PP) comenta sobre possível retorno de Margareth Buzetti para o Progressistas com o objetivo de disputar o Senado
Ex-PP, Buzetti migrou para o PSD para atuar como senadora, em um acdordo para que a vaga no Senado continuasse com o mesmo partido. O problema é que, durante este período, ela tem travado embates com Fávaro. Além disso, enfrenta “acusações” de descumprir acordos, como ceder espaço para que o 2º suplente José Lacerda, ex-secretário estadual de Meio Ambiente.
Sem espaço no PSD, que é presidido por Fávaro, que buscará à reeleição, a senadora pretende aproveitar a janela partidária no ano que vem para retornar ao PP, onde terá a missão de tentar construir seu projeto ao Senado.
Entretanto, o caminho não será nada tranquilo. O PP caminha para uma Federação com o União Brasil e Republicanos, e ainda tem no radar a possibilidade de que o grupo firme aliança com o PL, do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), sendo assim, Cidinho já alertou que não haverá cadeira cativa para ninguém.
Buzetti se mostra irredutível em disputar uma vaga como deputada federal, tendo em mente, exclusivamente, o interesse em se manter no Senado Federal. Ela enfrentará inúmeras dificuldades se a Federação se concretizar, encarando nomes como o governador Mauro Mende e o senador Jayme Campos, do União Brasil, como “adversários” internamente.
A atual senadora também perdeu o apoio do seu principal padrinho político, o ex-senador, ex-governador e ex-ministro da Agricultura, Blairo Maggi, figura proeminente do PP. Ele já inclusive sinalizou, nos bastidores, que não vai apoiar a amiga nas próximas eleições.
Atualmente, o nome de Mauro é dado como certo na disputa . Assim, sobraria uma outra vaga a ser preenchida, o que dificilmente será através de uma chapa pura.
Entre as possibilidades desenhadas, mas hoje remotas, está uma aliança com o PL, que pode lançar o deputado federal José Medeiros à senatória. Ele tem apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que tem forte reduto eleitoral em Mato Grosso e a aliança poderia se repetir como em 2022.
O problema é que o PL também sonha em disputar o governo com o senador Wellington Fagundes ou o empresário Odílio Balbinotti – sem partido, mas que namora com o Partido Liberal. Por outro lado, Mauro defende Otaviano Pivetta (Republicanos) ao Palácio Paiaguás.
Assim, diante do cenário, às prévias tendem a ser acirradas, o que pode levar Buzetti a lançar uma candidatura avulsa.
