Gilberto Rodrigues dos Anjos, acusado de estuprar e matar Cleci Calvi Cardoso, 45 anos, e suas três filhas — Miliane, 19, Manuela, 13, e Melissa, 10 — não estará presente de forma física no julgamento marcado para a próxima quinta-feira (7), no Fórum da Comarca de Sorriso (MT). Conforme informado pela assessoria do Tribunal de Justiça, o réu participará do júri de maneira telepresencial, direto do presídio onde está custodiado.
O crime brutal, que chocou o estado de Mato Grosso e o país, ocorreu em 23 de novembro de 2023 e causou forte comoção social. Diante da gravidade dos fatos e do impacto emocional, o juiz responsável pelo caso, Rafael Depra Panichella, estabeleceu uma série de restrições para o julgamento, visando proteger a integridade das vítimas e o equilíbrio processual.
Entre as medidas adotadas, está a proibição de qualquer tipo de transmissão online ou em tempo real do julgamento. O acesso ao plenário será restrito a profissionais diretamente envolvidos no processo, como magistrados, servidores do Judiciário, advogados, promotores, policiais e assistentes das partes.
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Familiares das vítimas poderão acompanhar o julgamento, desde que realizem cadastro prévio até o dia 5 de agosto, comprovando grau de parentesco com as vítimas. O mesmo vale para veículos de imprensa, que devem solicitar credenciamento antecipado para acompanhar os trabalhos. No entanto, não será permitida a realização de fotos, vídeos ou gravações dentro do plenário.
Segundo a decisão judicial, a medida busca respeitar o segredo de justiça que envolve o caso e preservar a dignidade das vítimas e de seus familiares, evitando exposição desnecessária e sofrimento adicional. A assessoria de comunicação do Tribunal de Justiça ficará responsável por fornecer materiais à imprensa.
O juiz também determinou que, caso autoridades públicas estejam presentes, não será permitida qualquer manifestação ou declaração dentro do plenário, a fim de evitar politização do julgamento.
Gilberto Rodrigues dos Anjos responde por estupro, feminicídio e homicídio triplamente qualificado. A expectativa é que o júri popular leve várias horas, dada a complexidade e a gravidade dos crimes cometidos.
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