A Rússia e a Ucrânia trocaram 146 prisioneiros de guerra de cada lado neste domingo (24), após mediação dos Emirados Árabes Unidos, informou o Ministério da Defesa russo e o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.
O ministério russo afirmou que todos os russos libertados estavam na Belarus recebendo assistência psicológica e médica.
A Ucrânia também devolveu a Moscou oito cidadãos da Rússia, residentes da região de Kursk, informou o ministério.
Zelensky anunciou no aplicativo de mensagens Telegram que a troca havia ocorrido, mas não divulgou números.
Ele publicou fotos de repatriados sorridentes, dizendo que a maioria deles estava em cativeiro desde 2022, quando a Rússia invadiu o país vizinho. O presidente afirmou que um jornalista feito prisioneiro um mês após a invasão estava entre eles.
Today, our people are coming home. Warriors of the Armed Forces, the National Guard, the State Border Guard Service, and civilians. Most of them had been in captivity since 2022.
We are bringing home journalist Dmytro Khyliuk, who was abducted in the Kyiv region in March 2022.… pic.twitter.com/HMhmJwGMtR
— Volodymyr Zelenskyy / Володимир Зеленський (@ZelenskyyUa) August 24, 2025
Zelensky agradeceu aos Emirados Árabes Unidos pelo papel de supervisão na troca de prisioneiros.
“As trocas continuam. Talvez isso seja possível graças aos nossos soldados, que estão aumentando o fundo de troca para a Ucrânia”, escreveu o presidente, referindo-se à captura de militares russos.
Ex-prefeito de Kherson, na Ucrânia, estava entre os capturados
Volodymyr Mykolaienko, o ex-prefeito da cidade ucraniana de Kherson, foi libertado neste domingo (24) após ser mantido em cativeiro russo desde seu sequestro três anos atrás.
Ele foi capturado em abril de 2022, um mês depois que tropas de Moscou entraram na cidade do sul da Ucrânia.
A princípio, Mykolaienko foi mantido em Kherson, mas após vários meses, foi transferido para uma colônia penal na Rússia.
O ex-prefeito recusou uma troca em 2022 para que outro prisioneiro de guerra ucraniano gravemente doente pudesse ser libertado.
Desde então, o lado russo o excluiu das listas de troca.