Na terça-feira, 28 de outubro, o Senado dos Estados Unidos aprovou um projeto de lei que anula as tarifas de importação impostas pelo presidente Donald Trump ao Brasil. A medida, aprovada por 52 votos a 48, contou com o apoio de cinco senadores republicanos que cruzaram a linha partidária para conceder maioria. Com informações da Reuters.
A iniciativa busca encerrar o estado de emergência nacional declarado por Trump em julho, quando ele alegou que o Brasil representava ameaça à segurança nacional, à política externa e à economia dos Estados Unidos, além de “perseguir politicamente” o ex-presidente Jair Bolsonaro.
– FIQUE ATUALIZADO: Entre em nosso grupo do WhatsApp e receba informações em tempo real (clique aqui)
– FIQUE ATUALIZADO: Participe do nosso grupo no Telegram e fique sempre informado (clique aqui)
O texto segue agora para apreciação da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, onde a maioria republicana tem historicamente bloqueado projetos similares e, segundo analistas, é provável que ele seja arquivado.
Autoridades brasileiras destacaram que, nos últimos 15 anos, houve um superávit comercial dos EUA em relação ao Brasil de cerca de US$ 410 bilhões — dado que contrasta com a narrativa de ameaça à economia norte-americana.
A votação ocorre enquanto Trump realiza uma visita de cinco dias à Ásia — com escalas na Malásia, Japão e Coreia do Sul — e uma reunião agendada com o presidente da China, Xi Jinping, que poderá incluir temas de comércio internacional.
Impactos e desafios
Se aprovada na Câmara, a revogação das tarifas ainda dependeria da sanção presidencial. Para o Brasil, trata-se de sinal político relevante, indicando uma possível mudança na trajetória das relações comerciais com os EUA. Por outro lado, a forte resistência no Congresso americano — sobretudo entre os republicanos da Câmara — aponta para dificuldades práticas de implementação.
