17/11/2025

17 de novembro de 2025 07:30

  • Home
  • Geral
  • STF colhe informações sobre exploração mineral perto de território indígena em Mato Grosso

STF colhe informações sobre exploração mineral perto de território indígena em Mato Grosso

Em audiência de contextualização realizada nesta quinta-feira, o ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), ouviu representantes dos povos indígenas, da União e do Ministério Público Federal (MPF) sobre a disputa envolvendo a possibilidade de mineração dentro e no entorno de terras indígenas do povo Cinta Larga, que abrange áreas em Mato Grosso e Rondônia.

A reunião foi convocada pelo ministro no âmbito do Recurso Extraordinário com Agravo (ARE) 1425370. No processo, a Agência Nacional de Mineração (ANM) questiona decisão do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1) que cancelou as permissões de lavras de recursos minerais e impediu a concessão de novas permissões no entorno das terras indígenas em questão.

Os representantes do povo Cinta Larga ressaltaram a importância da ancestralidade e da profunda conexão com o território tradicional. Segundo eles, a relação de seu povo com o território é sagrada, e a terra não é vista apenas como um espaço físico de identidade, mas como parte essencial da cultura espiritual de sua comunidade.

A respeito da exploração mineral na região, as lideranças afirmaram que, apesar das ações promovidas pelo Ministério dos Povos Indígenas, o cenário é de destruição. A Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) destacou que a integridade das terras indígenas não depende apenas da proteção interna, mas também da preservação e do controle das atividades desenvolvidas no seu entorno, que podem impactar o modo de vida das comunidades e a conservação dos recursos naturais.

Para a Funai, o tema deve ser tratado de forma sistêmica e integrada, considerando não apenas os aspectos econômicos, mas também os impactos sociais, ambientais, culturais e os desafios regulatórios que envolvem as atividades.

A ANM garantiu que não autoriza a mineração em terras indígenas, pois a matéria não está regulamentada. Também lembrou que não há regulamentação da lavra no entorno dos territórios. Mas, em relação a esse ponto, defendeu que a mineração não deveria ser cerceada, mas praticada com responsabilidade.

No mesmo sentido, o representante do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), que tem 130 empresas associadas, afirmou que a mineração regular não pode ser punida em decorrência do garimpo ilegal, e esse sim deve ser combatido.

A ministra Sônia Guajajara, dos Povos Indígenas, salientou que a discussão é de extrema importância, especialmente pelos impactos diretos em pontos sensíveis, como a distribuição de royalties e os direitos das comunidades afetadas.

Por fim, o MPF defendeu a necessidade de ouvir o Povo Cinta Larga sobre a temática e os riscos envolvidos. Reforçou que, no caso concreto, já há decisão judicial que proíbe a mineração no entorno do território.

Clique aqui para acessar a Fonte da Notícia

VEJA MAIS

Santos revela um grande craque: o ‘Novo Neymar’!

Porque o “Novo Neymar” de ontem é muito bom e muito útil. Resta saber se,…

Voleibol feminino de Vera é vice-campeão estadual nos Jogos Abertos Mato-grossenses 2025

O município de Vera encerrou neste fim de semana sua participação na etapa estadual dos…

Estudantes da Rede Estadual transformaram o II Festival de Robótica em vitrine de ciência, criatividade e valores humanos

Seduc-MT O II Festival de Robótica ganhou cores, ciência e inovação com a demonstração de…