Os dois saíram da prova e a McLaren vai para a corrida tendo feito “no máximo três voltas seguidas com menos de meio tanque cheio”, nas palavras de Norris. O chefe da equipe, Andrea Stella, deu a entender que isso fez com que o time fosse mais conservador com a altura do carro, simplesmente por não ter os dados de desgaste da prancha que delimita essa altura. Isso é muito importante em Austin por conta das ondulações da pista.
Mas a situação ainda pioraria. Com mais vento na classificação do GP, as McLaren ficaram mais difíceis, especialmente nas freadas, e a vantagem de Verstappen aumentou. Norris ainda conseguiu o segundo lugar no grid. Mas Piastri, que segue líder do campeonato, vai largar só em sexto. “Quando você não tem confiança nessa pista, vai perdendo um pouco em cada curva e isso vai se somando”, explicou o australiano, que só quer saber de ganhar o máximo de posições possíveis “e ver o quanto dá para me recuperar”.
Norris está preocupado com o efeito de não ter feito a sprint ou qualquer simulação de corrida, enquanto Verstappen está contente com as mudanças que fez no carro entre a sprint e a classificação.
O resumo da ópera é que Verstappen agora é favorito. E não apenas em Austin. Perguntado pelo UOL se tudo o que aconteceu até aqui nos Estados Unidos faz a McLaren rever a projeção de que o carro estaria forte no Brasil, Qatar e Abu Dhabi, o chefe Andrea Stella deixou claro que não esperava ver uma desvantagem tão grande em Austin e começa a ver como uma possibilidade que Verstappen seja o mais forte em todas as provas que faltam.
Digamos que eu esperaria uma diferença menor aqui. Então, temos que olhar para os fatos, temos que olhar para os números, objetivamente. Não necessariamente maximizamos o desempenho disponível hoje no carro. Mas precisamos estar prontos como equipe e como pilotos para Max e Red Bull para sermos competitivos
Andrea Stella, chefe da McLaren
De olho na largada
Mas a vitória de Verstappen não é garantida. O primeiro obstáculo é a largada. A lição que ficou do começo da sprint é que não dá para todo mundo frear tão tarde e esperar que nada vá acontecer. Como havia vento pegando os carros de frente, os pilotos sabiam que podiam retardar muito a freada. Mas o legal da pista de Austin é que dificilmente duas largadas são iguais. Neste sábado, o lado de dentro foi o melhor caminho – foi como Yuki Tsunoda ganhou 12 posições. No domingo, pode ser o inverso.
