O vereador Daniel Monteiro (Republicanos) defendeu que a Prefeitura de Cuiabá encontre um meio de garantir a retomada das atividades do Shopping Popular, conhecido como Camelô, localizado na Avenida Manoel José de Arruda, no bairro Dom Aquino. O espaço segue parado desde o incêndio que destruiu o antigo prédio, em 2023. A declaração foi dada nesta terça-feira, 21 de outubro.
Questionado sobre a fala recente do prefeito Abilio Brunini (PL), que descartou a doação da área e defendeu a concessão do terreno, Monteiro afirmou que a doação seria sensível, mas acredita que é possível viabilizar o retorno dos permissionários por meio de uma concessão de uso de 20 ou 30 anos, que permita a reconstrução gradual do espaço.
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“A gente pode dar uma concessão, uma permissão de uso para que eles usem durante 20 ou 30 anos, para que eles se restabeleçam. O nível de poupança do camelô acabou, todo mundo quebrou ali. Foi uma tragédia que precisa ser pensada a partir dela. Não dá para a gente pegar uma receita de bolo e querer aplicar ali”, disse o parlamentar.
Monteiro destacou que o Shopping Popular tem importância econômica e cultural para Cuiabá, lembrando que o espaço era organizado e frequentado por famílias, diferentemente de camelódromos improvisados de outras cidades. “É um espaço muito importante e que precisa voltar à cidade”, afirmou.
O vereador também se posicionou favorável à proposta do deputado Wilson Santos (PSD), que busca recursos estaduais para ajudar na reconstrução. Para ele, a ideia faz sentido se o modelo for de empréstimo subsidiado, com apoio de órgãos como o Desenvolve MT ou a Sedec.
“O Estado tem um papel indutor na economia. O protagonista da economia sempre é a iniciativa privada, mas o Estado tem que gerar condições, especialmente em momentos de tragédia […] não é dinheiro dado, é pago, mas com juros diferentes”, disse Monteiro.
Ao comentar sobre a posse do terreno, Daniel Monteiro lembrou que não cabe usucapião em área pública, mas reconheceu que houve falhas administrativas em gestões anteriores, que não formalizaram de forma definitiva a cessão do espaço aos permissionários.
“Eu acho que era uma coisa que estava consolidada, estava concretizada, aí a nova gestão quis rever isso, tal como está fazendo em relação ao mercado na Miguel Sutil. A gente precisa ter segurança jurídica. O que foi combinado hoje precisa ser cumprido amanhã. Você casou com a viúva, tem que criar os filhos”, afirmou.
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